Itens foram apreendidos na
tarde deste sábado, e entrariam na unidade prisional em latas de lixo Foto:
Divulgação
A direção do Batalhão Especial
Prisional (BEP) da Polícia Militar, onde está preso o ex-governador Luiz
Fernando Pezão (MDB), prendeu, na manhã deste sábado, uma policial militar
entrando na unidade prisional com material para fazer um churrasco.
Foram apreendidas latas de cerveja, garrafas de vinho, facas, espetos, carvão e até a churrasqueira.
Num trabalho de inteligência, os agentes do BEP flagraram a
policial, lotada no próprio batalhão, quando tentava colocar os produtos em
latões de lixo, no estacionamento. Presos de confiança, que trabalham na
faxina, iriam colocar as lixeiras para dentro da unidade com os produtos.
A Assessoria de Imprensa da
Secretaria de Estado da Polícia Milita informou que, o corregedor e o
comandante do BEP, "tomaram as medidas cabíveis para prisão em flagrante
da policial militar e de pelo menos mais dois acautelados que estavam
envolvidos" no caso.
Os procedimentos de investigação ainda estão em
andamento. A pedido do GLOBO, a PM explicou por nota: "ressaltamos a
importância da pronta resposta da corregedoria na prisão e enfatizamos que a
Polícia Militar não coaduna com qualquer desvio de conduta de nenhum de seus
membros.
Vale lembrar que inspeções são realizadas rotineiramente na unidade
com vistas a manter o cumprimento da Lei de Execução Penal e o Regulamento
Disciplinar da Instituição".
Desde que o ex-governador
Pezão foi preso, na operação Boca de Lobo, em novembro do ano passado, o BEP
tem passado por frequentes vistorias. Desta vez, a direção adotou o sistema de
monitoramento dos próprios guardas da unidade.
A força-tarefa da Lava Jato deu
voz de prisão a Pezão, por entender que, solto, ele poderia dificultar ainda
mais a recuperação dos valores, além de dissipar o patrimônio adquirido em
práticas criminosas. Segundo o MPF, à época, o esquema de corrupção ainda
estava ativo. A prisão foi baseada na delação de Carlos Miranda, operador
financeiro do ex-governador Sérgio Cabral.
Outro político que se encontra
na unidade desde novembro do ano passado é o ex-deputado Coronel Jairo (SDD),
preso na operação Furna da Onça.
Eles, junto com mais nove deputados na época,
foram alvos da ação da Lava-Jato. Três deles já estavam detidos: Jorge
Picciani, ex-presidente da Assembleia, Paulo Melo e Edson Albertassi. Eles
fazem parte do grupo político da base do MDB.
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Por:Extra