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Governo federal quer arrecadar
ao menos R$ 2,1 bilhões com concessão em 3 blocos
O governo federal tem a meta
mínima de arrecadar R$ 2,1 bilhões (valor de outorga) com a concessão de 12
aeroportos, em três blocos regionais, o que inclui o de Maceió, no leilão desta
sexta-feira (15), a partir das 10h, na B3, antiga Bolsa de Valores, Mercadorias
e Futuros de São Paulo.
A estimativa é que até 12
empresas participem do leilão. Os prováveis participantes, mapeados pelo
governo, têm capital nacional e estrangeiro, e poderão apresentar suas
propostas consorciados.
A informação é do secretário
de Aviação Civil, Roney Glanzmann, em entrevista à NBR (EBC). "Estamos
esperando um leilão bastante competitivo, muitos operadores estrangeiros e
brasileiros, todos de primeira linha que já operam grandes aeroportos pelo
mundo devem participar", disse o secretário.
Em seguida, Glanzmann afirmou
que: "Já tem mais de um ano que estamos falando semanalmente com esses
operadores estrangeiros e todos estão animados com essa modelagem de concessão
do governo federal. Acreditamos que vamos atrair grandes operadores mundiais de
aeroportos".
Conforme o secretário, a
projeção oficial é de que os futuros concessionários invistam R$ 3,5 bilhões em
melhorias e na capacidade de atendimento dos aeroportos durante 30 anos.
Blocos
No bloco Nordeste, serão
leiloados os aeroportos de vocação turística Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju
(SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande (ambos na Paraíba).
No bloco Sudeste, serão
concedidos aeroportos que atendem especialmente a indústria de petróleo e gás:
Vitória (ES) e Macaé (RJ).
No bloco Centro-Oeste, estarão
em negociação os aeroportos que atendem o agronegócio no Mato Grosso: Cuiabá,
Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta.
Juntos os aeroportos que
formam os três blocos respondem por 9,5% do mercado doméstico (20 milhões de
passageiros por ano).
De acordo com Roney Glasmann,
é a primeira vez que o governo federal faz concessão de aeroportos em blocos.
"Nos unimos aeroportos mais atrativos, de maior volume de passageiro e
carga, com aeroportos menores da aviação regional", disse.
Custos
Segundo informação da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), "os lances iniciais mínimos serão de R$
171 milhões para o bloco Nordeste; R$ 46,9 milhões para o bloco Sudeste; e R$
800 mil para o bloco Centro-Oeste".
Essa é a quinta rodada de
concessões de aeroportos, iniciadas em 2011 (com o leilão do aeroporto de São
Gonçalo do Amarante - RN). "Não há envolvimento de recurso público nessa
rodada. Todos recursos a serem investidos serão captados pela iniciativa
privada, trazendo expertise, know how e boas práticas internacionais de gestão
para os nossos aeroportos", disse o secretário.
"Na experiência que nós
temos com a concessão de aeroportos, melhora bastante a qualidade de serviço
para a população. Melhora porque recebe investimento, são atraídos novos
parceiros comerciais, grandes marcas de alimentação e varejo. O nível de conforto
e a experiência de viagens dos passageiros têm melhorias significativas",
disse.
Glanzmann salientou que a
concessão "não prevê em hipótese algum qualquer aumento de tarifa ou onera
de qualquer jeito o passageiro". Como disse na entrevista, "o
passageiro vai continuar pagando a mesma taxa de embarque de que ele já paga
hoje nos aeroportos operados pela Infraero".
O governo deve anunciar também
nesta sexta-feira, concessões de mais 22 aeroportos na sexta rodada de leilões
- a ser realizada em agosto de 2020. Conforme cronograma oficial, a sétima e
última rodada de concessões, com 21 aeroportos, ocorrerá até o primeiro
trimestre de 2022.
Por: Gazeta Web