Foto/ASCOM/UFAL |
Por meio de nota, universidade
informou que deve divulgar medidas de contenção de despesas em breve
A Universidade Federal de
Alagoas (UFAL) informou, nesta quinta-feira (2), que o Governo Federal bloqueou
mais de R$ 39 milhões dos recursos da instituição, sendo 30% do orçamento de
custeio e 80,3% do orçamento de capital.
A medida foi tomada após a
declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que o MEC cortaria
recursos das universidades que não apresentassem o desempenho acadêmico
esperado.
Por meio de nota, a UFAL
explicou que os recursos bloqueados eram utilizados para o pagamento das
despesas contratuais; das contas de água e energia elétrica; bolsas; aquisições
de livros e carteiras escolares; equipamentos de laboratório, entre outros.
"Foram efetivados
bloqueios nas ações orçamentárias de funcionamento da Universidade, capacitação
de servidores, recursos consignados ao Hospital veterinário da UFAL e
funcionamento da Escola Técnica de Artes. Foram também bloqueadas as emendas
parlamentares consignadas à UFAL pela bancada alagoana. Apenas as ações de
assistência estudantil não foram afetadas pelo corte", informa o
documento.
A universidade ainda frisa
que, em breve, deve divulgar uma nota técnica que detalha a atual situação e as
medidas de contenção de despesas que serão tomadas. Além disso, pretende levar
a discussão sobre a situação em que a UFAL e as demais Universidades públicas
se encontram para uma sessão ordinária do Conselho Universitário, que acontece
na próxima segunda-feira (6).
Confira, abaixo, a nota da
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) na íntegra:
A Universidade Federal de
Alagoas informa que o Governo Federal efetuou o bloqueio orçamentário de R$
39.576.608,00 (trinta e nove milhões, quinhentos e setenta e oito mil,
seiscentos e oito reais) dos recursos de custeio e capital.
Foram efetivados bloqueios nas
ações orçamentárias de funcionamento da Universidade, capacitação de
servidores, recursos consignados ao Hospital veterinário da UFAL e
funcionamento da Escola Técnica de Artes. Foram também bloqueadas as emendas
parlamentares consignadas à UFAL pela bancada alagoana. Apenas as ações de
assistência estudantil não foram afetadas pelo corte.
Esse valor representa 36,6% do
orçamento de custeio e capital da UFAL que são os recursos utilizados para
pagamento das despesas contratuais, água, energia elétrica, bolsas, aquisições
de livros carteiras escolares, equipamentos de laboratório, etc. Foram
bloqueados 30% do orçamento de custeio e 80,3% do orçamento de capital
Se excluirmos da análise as
ações de assistência estudantil, cujas despesas são restritas à assistência dos
alunos em vulnerabilidade social (custeio dos alimentos do Restaurante
Universitário, pagamento de bolsas), o corte representa 46,9% do orçamento da
UFAL.
Antes do anúncio deste corte,
a UFAL já trabalhava com orçamento aquém das necessidades que uma Universidade
que consolida sua expansão, que faz pesquisa de ponta e que se expande para
além de sus muros através das atividades de extensão. Neste novo cenário, a
situação exige que medidas sejam adotadas para garantir o mínimo funcionamento
da Universidade.
A UFAL informa que emitirá
nota técnica para detalhar a situação apresentada, divulgará medidas de
contenção de despesas e pautará na próxima sessão ordinária do Conselho
Universitário (dia 06/05) um debate amplo sobre a situação em que a UFAL e as
demais Universidades públicas se encontram.
A Gestão da UFAL reafirma seu
compromisso com a defesa intransigente da recomposição do orçamento da
Universidade, que é um patrimônio da sociedade alagoana, ao mesmo tempo em que
considera que um país que não investe em educação está fadado aos retrocessos
sociais e econômicos.
Por:Gazeta Web