Desde o início do ano
passado (2018), os pauloafonsinos acompanham com muita preocupação a
proliferação das baronesas que invadiram o Rio São Francisco em diversos pontos
da cidade como o Balnenário Prainha, Canal da PAIV, Lagos Belvedere e outros.
Até o momento, o combate às plantas consiste apenas em tentativas de remoção,
porém, quanto mais são retiradas, mais elas aparecem.
Esse problema também tem
preocupado um grupo de universitários, graduandos em Ciências Biológicas pela
UNIASSELVI de Paulo Afonso. Um desses alunos, morador da cidade de Delmiro
Gouveia (AL) procurou a equipe do portal PA4.COM.BR para fazer uma grave denúncia
sobre a chegada das baronesas em um dos reservatórios do Canal do Sertão. Veja
abaixo:
“Estávamos fazendo um estudo
sobre a qualidade da água no Canal do Sertão, visitamos a casa de bombas
(estação elevatória) que leva a água até o canal, distante 3,8 km da margem do
rio São Francisco, quando nos informaram que da casa de bombas a água é
bombeada para um reservatório chamado caixa de descarga, a partir desta, a água
segue por gravidade até o Km 0 do Canal do Sertão.
Fomos até a caixa de
descarga e constatamos que 1 dos 4 grandes reservatórios está cheio de
Baronesas (Eichhornia crassipes), a macrófita que se proliferou
desenfreadamente na prainha de Paulo Afonso.
De acordo com diversos
estudos, a presença delas indica que a água possui uma grande quantidade de
metais pesados, a planta absorve alguns desses metais e consequentemente quando
elas morrem devolvem sob uma outra forma química para a água. Muitas vezes
acomete podridão a água.
Fotografamos e filmamos nos
dias 30 de abril deste ano e no sábado passado 15 de junho.
Para nosso desespero, as
baronesas que em abril eram pequenas, estão neste mês enormes. Passaram de
cerca de 15cm para 45cm em 1 mês e meio.
Quem administra todo o Canal
é a SEMARH (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) de Alagoas, mas
existe uma pessoa na Barragem leste responsável pela fiscalização e
monitoramento que é o (Fiscal de operação do Canal).
Algumas macrófitas estão no
ciclo final de vida, amarelando, morrendo e quando isso acontecer, se vier a
acontecer (não tomarem providência) vai deixar a água que adentra ao canal
podre.
O local da caixa de descarga
é aberto, as baronesas ficam expostas ao sol, o que favorece o crescimento
delas. O local tem apenas uma cerca de arame caído e fica na margem de uma
estrada vicinal, que pode ser acessado a partir da BR 110 que liga Alagoas a
Pernambuco. Essa região faz parte do povoado Valha-me Deus.
Já existe um estudo que
propõe uma alternativa para o manuseio da baronesa da Prainha de Paulo Afonso,
desenvolvida por um pauloafonsino. Eu estou trabalhando em um estudo que propõe
uma solução mais viável para as baronesas que infestam esta região. Divulgarei
meu estudo em Dezembro.”
Baronesas chegam a reservatório do Canal do Sertão e grupo de universitários faz alerta. Foto: Cortesia (PA4.COM.BR)
Baronesas chegam a reservatório do Canal do Sertão e grupo de universitários faz alerta. Foto: Cortesia (PA4.COM.BR)