José Cícero foi preso e
conduzido ao Cisp de Murici
Foto:Assessoria
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Vítima, que tinha o sonho de
conhecer o genitor, era dopada para a prática dos atos sexuais
O que era para ser uma
história com final feliz terminou em drama e abusos para uma adolescente da
cidade de Branquinha, na Zona da Mata alagoana. A garota tinha o sonho de
conhecer o pai, mas, ao realizá-lo, acabou sendo estuprada durante mais de um
ano por ele. José Cícero da Silva, 56 anos, acabou preso na noite dessa
quarta-feira (17), na cidade de União dos Palmares, em frente à sua residência
na Rua do Taquari.
Após dois meses de
investigação, com apoio do serviço de inteligência do 2 BPM, os policiais civis
conseguiram localizar José Cícero e dar cumprimento ao mandado de prisão
expedido pela juíza Emanuela Porangaba.
De acordo com as investigações,
José Cícero da Silva fazia com que a sua filha, à época com apenas 11 anos de
idade, ingerisse medicação (Clonazepam) com a intenção de dopá-la e, assim,
mantinha relações sexuais com a criança. Os abusos continuaram ocorrendo
constantemente, sempre da mesma maneira, até que a vítima completou 13 anos de
idade e foi morar com uma pessoa amiga da família.
"Atualmente, a vítima
se encontra sob os cuidados do Estado, em um abrigo onde procura se recuperar
das cicatrizes psicológicas que foram deixadas por um verdadeiro 'monstro'
travestido na figura de pai", ressaltou o delegado de Branquinha, Sidney
Tenório.
Até para o delegado, que tem
a experiência de ter trabalhado em dois estados, o índice de estupro de
vulnerável na cidade de Branquinha é chocante. "Praticamente todas as
semanas, nos deparamos com histórias de dor e sofrimento de crianças e
adolescentes abusadas por pessoas que tinham o dever moral e legal de cuidar e
dar carinho. Por isso, focamos sempre na prisão para que respondam pelos atos e
sirvam de exemplo", frisou Sidney.
Após a prisão, José Cícero
foi conduzido à carceragem do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), na
cidade de Murici, onde aguardará a transferência para o sistema prisional.
Por Jobison Barros, com
assessoria da PC/AL