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Cinegrafista Mauro Sérgio e o empresário José Wilson estavam com a 'Doença do Pombo' — Foto: Arquivo Pessoal Pacientes ficaram...

'DOENÇA DO POMBO' MATA DOIS HOMENS EM SP E MORADORES FICAM EM ALERTA

Cinegrafista Mauro Sérgio e o empresário José Wilson estavam com a 'Doença do Pombo' — Foto: Arquivo Pessoal

Pacientes ficaram internados por quatro meses, após dor de cabeça intensa e persistente.


Prefeitura alega que não tem informações, pois a doença não tem notificação obrigatória.
Um cinegrafista, de 43 anos, e um empresário, de 56 anos, morreram no último mês, em Santos, no litoral de São Paulo, em decorrência da criptococose, conhecida como "Doença do Pombo". A prefeitura informou que os atuais protocolos de saúde não obrigam a notificação dos casos, mas que realiza ações de prevenção.

O empresário José Wilson de Souza morreu em 19 de julho, enquanto a morte do cinegrafista Mauro Sérgio Gil Senhorães ocorreu no dia 23 do mesmo mês. Ambos ficaram internados por quatro meses em hospitais diferentes e, antes disso, tinham vida ativa e eram sadios, segundo familiares, a quem os médicos informaram sobre a doença.

Os sintomas apresentados pelos dois homens eram semelhantes: intensa dor de cabeça, tonturas, febre, além de falta de ar e cansaço. Em algumas situações, as pessoas podem confundir os sinais da doença com gripe forte. Ao final da internação dos dois pacientes, os quadros se agravaram: o empresário chegou a ficar em coma.

A infecção é ocasionada por fungos que se proliferam nas fezes dos pombos e também em ocos de árvore. Eles se espalham pelo ar e o risco maior está em ambientes fechados, onde esses animais se abrigam. Após ser inalado pelas pessoas, o fungo se instala no pulmão e, depois, migra para o sistema nervoso central.

Em entrevista, a infectologista Rosana Richtmann disse que a rápida reprodução dos pombos dificulta o controle da doença em grandes cidades. "As fezes ressecadas dos pombos, espalhadas pelo vento, podem ser inaladas e causar doenças", declarou. A ordem é evitar o contato com animais e lugares de concentração dos pombos.

A Secretaria de Saúde de Santos informou que a doença não é de notificação obrigatória pelas unidades de saúde públicas e particulares, conforme os atuais protocolos. Por essa razão, não há dados. Entretanto, a municipalidade declarou que realiza ações educativas para prevenção e de controle de pragas urbanas.

A prefeitura disse que a solicitação de fiscalizações em áreas e imóveis com pombos podem ser realizadas pelo telefone 162 e outros canais da ouvidoria municipal. Outras orientações sobre os procedimentos indicados são fornecidas pelo telefone 3257-8048 (setor de fiscalização da Seção de Vigilância).

Veja o ciclo da criptococose — Foto: Arte/TV Globo

Por:G1

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