Militares protestam em
frente ao Palácio República dos Palmares/Foto:Ailton Cruz
Conforme anunciado ao longo dos últimos dias, militares de Alagoas se reuniram, nesta quinta-feira (8), para protestar contra medidas adotadas pelo Governo Renan Filho. À porta do Palácio República dos Palmares, eles falavam palavras de ordem em mais uma tentativa de reverter a decisão judicial que retira a promoção de cerca de 1.200 militares. Eles pedem bom senso por parte do Governo para que o pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) seja revisto.
Em tom de advertência,
representantes da categoria desafiaram o governador a levar essa medida à
frente, prejudicando policiais e bombeiros do estado. "As consequências
são suas. Agora despromova e aguarde. O governo está sendo bom pra ele, mas não
para o servidor público. Quem está aqui não tem medo de ser perseguido.
Despromova os militares e o senhor vai ver o tamanho desse palácio",
afirmou Wagner Simas, presidente da Associação de Praças Militares de Alagoas
(Aspra).
Segundo ele, com as
despromoções, vão ocorrer casos de subtenentes que vão passar a ser terceiros
sargentos e de terceiros sargentos que passarão a contar com a patente de cabo,
o que tem revoltado a categoria. Os clima de revolta, inclusive, era nítido nos
rostos e discursos proferidos à frente do Palácio na tarde desta quinta-feira.
A categoria promete ir até as últimas consequências para ter os direitos
garantidos.
Categoria está revoltada com
a decisão que despromove cerca de 1.200 militares do estado
"Temos companheiros que
colocaram filhos em escolas melhores, que financiaram casa e carro, que
contraíram empréstimos, e agora perdem sua renda", completou Wagner Simas.
Para eles, os dados
apresentados pelo Governo referentes à situação financeira do estado são
mentirosos e não há justificativa para retirada desse direito já adquirido
pelos membros da corporação. Os militares questionam os dados apresentados pelo
governo. "Aqui não tem otário, que não entende de lei e de economia",
afirmou o major Wellington Fragoso.
Os militares estão
aguardando a análise, pelo Pleno do TJ, do agravo de instrumento, interposto
pelas associações militares, que tenta reverter a decisão monocrática e, com
isso, manter as promoções em primeira instância. Em audiência, Tutmés Airan
sugeriu aos militares que retirem os processos de pedidos de promoções da
justiça e tentem negociar com o comando, de forma administrativa, as
progressões.
Por:Gazeta Web