Obras do Hemoal Arapiraca
foram abandonas após gasto de R$ 600 mil/Foto:Genildo
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O silêncio e a falta de justificativa do governo Renan Filho (MDB) sobre as razões para o desperdício de R$ 600 mil dos cofres públicos do Estado serão alvo de uma investigação do Ministério Público de Alagoas (MPE/AL), segundo o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça. A Gazetaweb denunciou que o Estado gastou mais de meio milhão para reformar o Hemocentro de Arapiraca e, logo depois, desistiu de concluir a obra porque o espaço não era o adequado para a demanda.
De acordo com o procurador,
assim que ele tomou conhecimento da denúncia o Ministério Público manifestou
interesse em apurar a informação, repassando-a para procuradores da Fazenda
Pública responsáveis pela fiscalização do uso do erário. Na visão de Mendonça,
os responsáveis pela obra devem dar explicações sobre a falta de planejamento
prévio, já que houve o emprego de recursos públicos na reforma.
Como a reportagem é baseada
em informação oficial do próprio Estado, o caso vai direto para um dos seis
procuradores titulares da Fazenda Pública. Conforme explicou o
procurador-geral, por se tratar de uma "notícia de fato", no mínimo
precisa ser verificada. "Então, com base nessa informação, uma dessas
promotorias irá se aprofundar nessa obra. Isso é uma notícia de fato. Após a
sua indagação [reportagem], farei o devido encaminhamento", garantiu.
"A obrigação do
Ministério Público, enquanto instituição, é o da aplicação precípua dos
recursos públicos. Evidentemente, o papel da administração pública como um todo
é entregar a política pública pronta, acabada e funcionando. Esse caso,
enquanto estava afastado do cargo, vi em uma reportagem. Estou reassumindo o
cargo agora. Temos as promotorias da Fazenda Pública. São seis promotores que
trabalham fiscalizando a aplicação de recursos públicos em todas as
áreas", detalhou Mendonça.
A Secretaria de Saúde do
Estado (Sesau) informou que, após o início das obras, foi observado que o local
onde a reforma estava sendo realizada pelo governo Renan Filho não terá como
comportar uma ampliação do projeto original, que incluirá um ambulatório de
hematologia. A Sesau não soube explicar o porquê de só ter notado que o espaço
não seria o adequado após gastar mais de R$ 600 mil.
Por:Gazeta Web