![]() |
Operação prende guarda
municipal suspeito de pedofilia (Foto: Heliana Gonçalves/TV Gazeta)
Uma operação comandada pelo
Ministério da Justiça e Segurança Pública cumpre mandados de prisão e de busca
e apreensão em Alagoas e em 13 estados, além do Distrito Federal, em busca de
suspeitos de praticar crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e
adolescentes, praticados na internet. Pelo menos, três pessoas foram presas até
o momento, no estado, incluindo um guarda municipal e um bancário.
De acordo com a delegada
Adriana Gusmão, designada para coordenar o cumprimento das ações em Alagoas, o
servidor público foi preso no conjunto Graciliano Ramos, bairro Cidade
Universitária, em Maceió.
As outras prisões
aconteceram no bairro do Farol e em outros conjuntos do Cidade Universitária.
Um deles se chamaria Cícero dos Santos e seria funcionário de um banco. Os três
estariam envolvidos em pedofilia e foram levados para a Central de Flagrantes
I, onde serão ouvidos.
Os suspeitos, de acordo com
a investigação, armazenavam mídias com pornografia infantil no computador e
compartilhavam pela internet. "São imagens terríveis envolvendo crianças e
adolescentes, com sexo explícito", explicou a delegada, durante entrevista
à rádio 98 FM.
Segundo ela, não se consegue
identificar, no momento, a origem do material gravado nas mídias. Sabe-se, no
entanto, que o conteúdo começou a ser divulgado na América e já está sendo
amplamente compartilhado em outros países.
"A última operação
aconteceu em março, e as investigações não param. Continua o trabalho de
inteligência para cumprir outras prisões", informou Adriana Gusmão.
Ainda segundo a delegada, a
criança não é a responsável pela prática criminosa. "Esse crime é
praticado pelo adulto, a criança não tem essa conduta. As famílias precisam
monitorar o que elas usam na internet, mas o crime é feito por um adulto, que armazena
e busca crianças e adolescentes, por gostar desse tipo de imagem e desse tipo
de conduta", completou.
Em nota, a Secretaria
Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) informou que
ainda não foi oficiada sobre a suspeita de envolvimento de um servidor nos
crimes investigados pela operação Luz na Infância. O secretário já determinou a
abertura de procedimento administrativo pela Corregedoria para apuração dos
fatos. A Semscs esclarece que está à disposição para colaborar com as demais autoridades
policiais e judiciais envolvidas na investigação.
A operação
A operação Luz na Infância 5
envolve 656 policiais. De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério
da Justiça e Segurança Pública, agentes de aplicação da lei de seis países estão
cumprindo, simultaneamente, mandados de busca e apreensão. Os alvos estão no
Brasil, Chile, Panamá, El Salvador, Equador, Paraguai e Estados Unidos.
As ordens de prisão e de
busca e apreensão que estão sendo cumpridas no estado são com base em elementos
informativos coletados em ambientes virtuais com indícios suficientes de
autoria e materialidade delitiva.
A ação desencadeada é
decorrente de cooperação mútua entre a Diretoria de Operações da Secretaria de
Operações Integradas do MJSP. Houve também colaboração da Embaixada dos Estados
Unidos no Brasil, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em
Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), oferecendo cursos e
capacitações que subsidiaram as cinco fases da Operação Luz na Infância.
Por:Gazeta Web