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Imagem:Internet |
A esta altura do ano,
moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já estariam se preparando
para acordar uma hora mais cedo com o início do horário de verão, em vigor
desde 1985. Porém, um decreto assinado em abril pelo presidente Jair
Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano.
Adotado para aproveitar a
iluminação natural no fim da tarde, quando o consumo de energia é mais alto, o
horário de verão era também impopular: a falta de luz solar primeiras horas do
dia, dificultava a vida de trabalhadores e estudantes. Pesquisa do DataSenado,
entre outras, apontou em 2018 que a maioria dos consultados queria o fim da
medida.
Desde a sua implantação, o
horário de verão foi perdendo força — alvo de diversas propostas no Senado que
queriam o seu fim, como o PLS 42/2014, o PLS 559/2015 e o PLS 438/2017. Desde
1985, diversos estados deixaram de adotá-lo e a duração da medida também foi
sendo gradualmente reduzida. Nos últimos anos, por exemplo, como em 2017, já
havia sinais de que ele poderia deixar de acontecer.
Reportagem especial
Esse é o assunto da
reportagem especial “Um fim de ano diferente: o Brasil sem horário de verão”,
do jornalista Adriano Faria, da Rádio Senado. Produzida em cinco capítulos de
pouco mais de cinco minutos, a reportagem conta a história do horário de verão,
com a opinião de especialistas do setor elétrico. Eles avaliam os impactos da
decisão do governo de acabar com a medida que determinava que os relógios
fossem adiantados em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro.
A reportagem também traz
depoimentos de pessoas que tinham a rotina alterada com a mudança no ponteiro
dos relógios. E ainda faz um resgate histórico de projetos e discursos de
senadores sobre o horário de verão. Em 2000, por exemplo, o então senador pernambucano
Carlos Wilson comemorou a saída do seu estado da área de abrangência do horário
de verão: "O trabalhador tinha que sair mais cedo de casa. E com isso o
dia estava escuro, levando ao aumento considerável dos assaltos nos
ônibus", afirmou no Plenário.
Para ouvir os cinco
capítulos da reportagem, clique aqui.
Fonte: Agência Senado