Na ensolarada manhã deste
sábado, dia 7 de dezembro, familiares, amigos e populares foram às ruas de
Paulo Afonso para protestar contra as mortes de Edilane Rocha da Silva, 28 anos
e seu bebê ocorridas durante trabalho de parto na última segunda-feira, dia 2.
Erguendo faixas e cartazes
com pedidos de justiça, a mãe, dona Edilene Rocha, o pai, filhos, irmãos e
outras dezenas de pessoas puxadas por um carro de som saíram em passeata até a
frente do Hospital Nair Alves de Souza, local onde ocorreu o parto de Lane,
como também era chamada a vítima. Lá os manifestantes rezaram a Oração do Pai
Nosso.
Políticos também
participaram dos protestos entre eles, Roosevelt Carvalho e Capitão Paes do PSL
e os vereadores Moreirão e Mário Galinho.
Galinho comentou sua
participação em suas redes sociais: “Participei da manifestação por JUSTIÇA no
caso da jovem Edilania e seu bebê. Uma manifestação de dor, pacífica, onde
prevaleceu o clamor dos familiares e o silêncio de políticos e autoridades. A caminhada
saiu da Praça das Mangueiras e se dirigiu até o HNAS, local onde mãe e filho
vieram a óbito na última segunda-feira. Além de ser um representante dos
anseios do povo, eu acompanhei de perto todo esse sofrimento e me solidarizei
com a dor desta família. Iremos buscar as respostas para essa tragédia, para
que outras famílias não passem por essa dor.”
Ainda durante a manifestação, a família de Lane foi com o advogado Rômulo Lisboa até a recepção do Hospital Nair em busca do Prontuário Médico que discrimina a cronologia dos atendimentos oferecidos a paciente gestante, porém o documento não foi entregue.
Ainda durante a manifestação, a família de Lane foi com o advogado Rômulo Lisboa até a recepção do Hospital Nair em busca do Prontuário Médico que discrimina a cronologia dos atendimentos oferecidos a paciente gestante, porém o documento não foi entregue.
O advogado reuniu a imprensa
e estranhou a postura do hospital declarando que nada justificava a negativa:
“Viemos até aqui no hospital
em sinal de protesto de forma ordeira para mais uma vez solicitar a entrega do
prontuário médico. Até o momento, a Chesf Hospital Nair Alves de Souza
simplesmente se nega a fornecer a família o prontuário médico. Nos parece é que
a Chesf pretende maquiar esse prontuário e escrevê-lo à sua conveniência de
forma tal que retrate aquilo que atinja os seus interesses. Não há qualquer
razão para seja fatída ou jurícia para essa demora na entrega do prontuário a
família.”
Rômulo Lisboa disse ainda
que ocaso já foi levado à Delegacia de Polícia: “Nós já comunicamos a Polícia
Civil e em breve iremos ingressar com ação indenizatória por danos materiais e
morais em favor da família para que esse dano seja ao menos recompensado. De
uma só vez essa mãe perdeu sua filha e seu neto.”. (Veja o vídeo com a
entrevista abaixo)