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Hospital Correia Picanço, Zona Norte do Recife — Foto: Divulgação/SES Segundo nota da SDS, foram 10 registros no sábado (22) e dois, n...

EM DOIS DIAS, 12 PESSOAS DENUNCIAM À POLÍCIA TER LEVADO 'AGULHADAS' NO CARNAVAL DO RECIFE E DE OLINDA

Hospital Correia Picanço, Zona Norte do Recife — Foto: Divulgação/SES

Segundo nota da SDS, foram 10 registros no sábado (22) e dois, no domingo (23). Secretaria de Saúde disse que recebeu notificações de 23 ocorrências desde prévias.


Doze pessoas denunciaram à Polícia Civil ter levado "agulhadas" no carnaval de 2020, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Defesa Social (SDS), dez casos foram registrados no sábado (22) e dois, neste domingo (23). Em 2019, cerca de 300 pessoas prestaram queixa no estado sobre esse tipo de ocorrência e não houve relatos de contaminação.

A SDS informou, ainda, que as pessoas relataram ter sido "picadas ou sentido pontadas causadas por algum tipo de objeto perfurocortante". Diante disso, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar esses fatos.

O número de vítimas pode ser ainda maior. Também por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, neste domingo (23), que recebeu notificação de 23 pessoas, que alegaram terem sido furadas por agulhas, no Recife e em Olinda.

Os casos foram registrados pela Saúde entre os dias 15 a 22 de fevereiro. Ou seja, também estão inclusos possíveis agressões no período de prévias.

Deste total, 21 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço, na Zona Norte da capital. No sábado, informou a SES, 12 pessoas relataram a mesma ocorrência.


Segundo a SES, os pacientes foram admitidos na unidade, referência estadual em doenças infecto-contagiosas. Após uma triagem, 20 realizaram a profilaxia pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. A pasta disse também que, dos 23 casos, 15 são mulheres e oito, homens.

A secretaria informou também que "os demais, ou se recusaram a fazer o teste rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início da medicação".

Todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. Além disso, eles foram orientados a realizar o monitoramento de possíveis infecções no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do Correia Picanço, ou nos municípios de residência dos paciente.

A SES explicou que os índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são considerados baixos, em média 0,3% para HIV.

Inquérito

Por meio de nota. a polícia alertou que é preciso "ter cuidado no trato do tema, para não causar pânico desnecessário à população".

No ano passado, diz a polícia, "apenas" duas pessoas se prontificaram a prestar depoimentos. "Retratos falados foram feitos, diligências, análise de imagens, mas os inquéritos não identificaram suspeitos devido à ausência de elementos, assim como uma possível motivação para essas ações", informou.

A corporação disse, ainda, que diante das denúncias deste ano, montou uma posto de atendimento 24 horas no Hospital Correia Picanço.

A unidade conta com equipes formadas por delegados, escrivães, agentes e peritos papiloscopistas, para colher depoimentos, fazer as perícias, diligências e buscar imagens das câmeras de videomonitoramento "com o objetivo de identificar e capturar suspeitos dessa prática".

Olinda

Um dos casos foi relatado, por meio das redes sociais, neste domingo, por uma mulher que estava brincando carnaval em Olinda.


A prefeitura da cidade informou que ela foi atendida na Policlínica João de Barros Barreto, no bairro do Carmo, e encaminhada ao Hospital Correia Picanço, hospital de referência para esses caso, na capital.

A administração municipal disse, ainda, que pessoas agredidas por alguém com material perfuro-cortante no município devem adotar alguns procedimentos.

Entre essas medidas estão: procurar os polos de urgência, como a Policlínica João de Barros Barreto, UPA-Tricentenário, em Bairro Novo, NTECI, no Varadouro, SPA/Peixinhos, ou outro setor de urgência.

A Secretaria informou que a vigilância epidemiológica está de plantão durante os quatro dias de carnaval e vem monitorando todos os serviços de urgência e emergência no município.

Saiba o que fazer

Exposição cutânea: lavar imediatamente o local com água e sabão.

Exposição de mucosa: lavar imediatamente e de maneira exaustiva o local com soro fisiológico.

Não é necessário ampliar o ferimento nem espremer o local, nem é recomendada a utilização de substâncias cáusticas, pois essas medidas apenas ampliam a área de exposição, sem demonstração de utilidade profilática.

Realizar curativo conforme necessário.

Encaminhar para o Hospital Correia Picanço para medidas de prevenção.

Por;G1

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