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Foto/Cortesia Gazeta Web |
Governo do Estado dispensou
representantes do Movimento Unificado dos Militares de reunião para discutir a
alíquota previdenciária da tropa
Durante reunião promovida
pelo governador Renan Filho nesta quarta-feira (5), no Palácio República dos
Palmares, para discutir a alíquota previdenciária da tropa, lideranças do
Movimento Unificado dos Militares foram dispensadas pela equipe do governo o
que causou revolta aos presidentes das entidades e provocou uma proposta de
radicalização da categoria. Um debate com representantes da classe foi marcado
para esta quinta-feira (6), às 10h, no Clube dos Oficiais.
Os líderes da classe cobram
do atual governo do Estado o cumprimento da Lei Federal 13.954, publicada em 16
de dezembro do ano passado, pela Presidência da República, que fixa desconto de
9,5% de INSS aos militares a partir do dia 1º de fevereiro de 2020. A taxa
subiria para 10,5%. No entanto, a previdência sancionada pelo governador prevê
taxação de 14% a todos os servidores, incluindo a tropa.
Na semana passada,
representantes da classe e o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel
Marcos Sampaio, discutiram a situação e, na ocasião, partiu do gestor a
articulação com o governo para que o assunto fosse debatido posteriormente. A
reunião ficou agendada para esta quarta-feira, mas, segundo representantes do
Movimento, os presidentes das entidades foram surpreendidos com a falta de
interesse do secretário Fábio Farias, do Gabinete Civil.
"Fomos avisados pelo
comandante-geral de que a reunião seria hoje à tarde, mas, ao chegarmos lá, o
secretário Fábio Farias pediu para a gente se retirar sob a alegação de que
aquela seria uma reunião técnica e que não teria conversa com as associações.
Saímos de lá sem a possibilidade de argumentar que o governo precisa cumprir a
lei federal, que já está em vigor em todo o Brasil", afirmou o presidente
da Associação das Praças da PM e Corpo de Bombeiros de Alagoas (Aspra/AL),
sargento Wagner Simas.
Até o mês passado, os
militares do Estado tinham desconto de 11% de previdência nos subsídios. Pela
nova regra, os policiais, bombeiros e pensionistas já estavam sendo submetidos
a uma alíquota superior ao que preconiza a lei federal. "Infelizmente, é
um governo prepotente, arrogante, que faz tudo, pode tudo e não ouve nada de
ninguém", completou Simas.
Ele acrescenta que a
discussão marcada para esta quinta-feira será importante para definir, em
conjunto, o que pode ser feito para reverter esta medida impositiva do governo
Renan Filho e que descumpre a legislação. Segundo o presidente da Aspra, a
direção do Sindpol [Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas] foi convidada
para engrossar o coro neste debate.
Gazeta Web * Com informações da
assessoria de comunicação da Associação das Praças da PM e CBM de Alagoas
(Aspra/AL)