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esespero toma conta dos mais de 50 segmentos de bens, serviços e turismo Empresários alagoanos estão preocupados e querem dividir prejuízos ...

SEM PERSPECTIVAS: SETOR TURÍSTICO PREVÊ MAIS 20 MIL DEMISSÕES DURANTE A PANDEMIA

esespero toma conta dos mais de 50 segmentos de bens, serviços e turismo

Empresários alagoanos estão preocupados e querem dividir prejuízos com o governo


Sufocados e sem perspectivas, micros e pequenas empresas reduzem o quadro funcional lentamente. O desespero toma conta dos mais de 50 segmentos de bens, serviços e turismo. As medidas da nova fase vermelha, para tentar conter o novo avanço da Covid-19 e a superlotação dos hospitais, pioraram a recessão. Os empresários querem dividir os prejuízos com os 102 prefeitos e governos federal e do estado. Os hoteleiros confirmam desemprego no setor. E, se considerar que cada emprego da hotelaria, bares e restaurantes gera mais de quatro indiretamente, as previsões mais otimistas preveem mais de 20 mil demissões na cadeia.

Com praias, shoppings, bares, restaurantes, lojas do comércio tradicional e outros estabelecimentos fechados, o temor é a redução de 18 e 16 voos diários para dois voos/dia, como ocorreu na fase vermelha passada. “Sem atrativos, o que os turistas vêm fazer em Alagoas?”, questionam empresários, como André Santos, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira- Abih/AL.

A hotelaria, bares, restaurantes e fornecedores de serviços operam no vermelho. Em janeiro as empresas ainda sentiam os reflexos da primeira onda da pandemia. Os hotéis registraram a média de 66% de ocupação. Os outros setores seguiram o mesmo percentual.

Sem movimento, os estabelecimentos reduzem a folha salarial. “Turismo não é só bares e restaurantes. É uma cadeia complexa de setores interligados”, disse André Santos. Quando o estado manda reduzir a ocupação de leitos, de clientes e de negócios, os efeitos são negativos, afirmam os proprietários de bares e restaurantes ao destacarem que, “os setores entendem a dificuldade do governo, dos hospitais e eles têm que nos olhar, também. Precisamos construir soluções compatíveis, juntos”.


Negociação

 

Os empresários iniciaram conversas com os governos estadual e municipais. O relacionamento entre eles permanece aberto. O secretário de estado da Fazenda, George Santoro discute com os empresários na tentativa de apresentar soluções para pagamentos de impostos, de taxas de água, esgoto, energia e manutenção do quadro de funcionários. O mesmo ocorre com as prefeituras. No ano passado, os hoteleiros demitiram 2,5 mil trabalhadores, na cadeia as demissões passaram de 10 mil. Nos hotéis classificados e associados havia 7,5 mil empregos formais [de carteira assinada] e quase o dobro sem carteira assinada. Entre os setores que sentiram a crise dos hotéis, bares e restaurantes estão os fornecedores, prestadores de serviços de manutenção de equipamentos, lavanderias, panificação, produtos de limpeza entre outros.

 

Dívidas

 

Os empresários do topo da cadeia do turismo, este mês, começaram a pagar os empréstimos que pegaram no ano passado para sobreviverem. Surpreendidos com o aumento de casos de contaminados, mortes e pelas medidas restritivas da fase vermelha, André santos, líder dos 82 associados da Abih/AL, avisou ao governador Renan Filho (MDB), que o setor chegou no limite, cobrou política tributária e cancelamento de impostos para evitar a quebradeira geral. No plano federal, foi concedida a carência de mais três meses para pagar os empréstimos do ano passado. A Abih/Al tem 88 associados, a maioria de Maceió. Ao todo, o estado conta 32 mil leitos e Maceió com quase 19 mil. Entre os associados, são 13.165 mil leitos na capital e 3.136 mil no interior. Durante a pandemia, três hotéis fecharam definitivamente no estado. Após o anúncio das novas restrições, já foram registrados 30% de cancelamentos ou transferência de reservas. A ocupação antes dos decretos estava em 71% entre os associados. Antes da pandemia, o estado contava com 25 voos/dia. No primeiro semestre do ano passado, caiu para dois voos/dia. Hoje, oscila entre 16 e 18 voos/dia que garantem 70% do movimento turístico. As medidas restritivas não fecharam a hotelaria. Os impactos, porém, são inevitáveis.

 

 

Clariza Santos

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