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100% das vacinas aplicadas em Alagoas foram enviadas pelo Ministério da Saúde/SESAU Compra da Sputnik pelo Governo do Estado não saiu do pap...

100% DAS VACINAS APLICADAS EM ALAGOAS FORAM ENVIADAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE

100% das vacinas aplicadas em Alagoas foram enviadas pelo Ministério da Saúde/SESAU


Compra da Sputnik pelo Governo do Estado não saiu do papel e não tem prazo para lote ser enviado pelo Fundo Soberano Russo


Se fosse depender da iniciativa do Governo do Estado para aquisição de vacinas contra a Covid-19, nenhum alagoano teria recebido uma dose sequer. Até agora, todos os imunizantes aplicados aqui foram comprados e enviados pelo Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). A compra da russa Sputnik V, defendida pelo governador, ainda não saiu do papel e permanece incerto o envio do lote ao Brasil.

A própria Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirma, na página oficial do órgão, que Alagoas recebeu 2.426.360 doses de vacinas CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. E 100% destes lotes foram repassados pelo governo federal. Desde o início da campanha, em 19 de janeiro deste ano, foram aplicadas 610.373 doses da CoronaVac, 866.005 doses da AstraZeneca, 233.956 dos imunizantes da Pfizer e 51.268 da Janssen.

Até essa quarta-feira (28), 1.761.602 doses das vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no Estado. São 1.256.222 pessoas vacinadas com a primeira dose e 505.380 já imunizadas com a segunda dose e dose única. Com o avanço da imunização em Alagoas, o reflexo na taxa de ocupação de leitos para tratamento de pacientes com coronavírus tem despencado nos últimos meses. O percentual de leitos de UTIs ocupados está em 35%, um dos mais baixos desde o começo do ano.

Na opinião do deputado estadual Davi Maia (DEM), líder da oposição na Assembleia Legislativa (ALE), fica claro que a Sputnik V se tratou de uma nuvem de fumaça criada pelos governadores e pelo Consórcio Nordeste. O colegiado é o responsável por insistir com o Fundo Russo a aquisição deste imunizante, mesmo com as restrições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por causa da falta de informações do laboratório responsável pela produção deste imunizante.

“A Argentina, que adotou o sistema da vacina russa, não conseguiu vacinar a sua população, pois a Rússia não conseguiu entregar. Paralelo a isto, ainda teve a questão de o laboratório russo não liberar o acesso às informações que mundo precisava. Quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que os governadores poderiam adquirir vacina por conta própria, após a gritaria que eles fizeram, aconteceu justamente o que todos esperavam, ou seja, a Rússia não conseguiu entregar”, destacou o deputado.

Já o deputado Cabo Bebeto (PTC) acredita que a política local se faz com o único propósito de criticar quem trabalha. "O governo federal tem feito a sua parte e, se o alagoano, hoje, tem vacina é exclusivamente porque o governo Bolsonaro comprou. Em relação às compras de grandes vultos, tudo o que o governo do Estado fez em relação à saúde, na pandemia, não obteve êxito, inclusive foi lesado, como é o caso da compra dos respiradores. Toda vez que o Consórcio Nordeste se junta é só marmelada", opina.

O vereador por Maceió, Leonardo Dias (PSD), criticou o Governo Renan Filho (MDB) por gerar mais desemprego ao longo da pandemia. “Comprar vacina que é bom? Nada! Todas as vacinas que chegaram ao nosso Estado foram fornecidas pelo Governo Bolsonaro. O resto é só demagogia e mentiras”, ressalta.

De acordo com o Jornal O Globo, o lote de Sputnik que seria destinado ao Consórcio Nordeste, previsto para desembarcar no Brasil, nessa quarta-feira, foi suspenso. Agora, não se tem mais um prazo definido para que estas vacinas sejam enviadas ao País.

O cancelamento do envio do lote que inauguraria o uso da vacina no Brasil foi uma decisão do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), responsável por negociar a venda do antígeno com o Brasil. A ruptura se deu após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dizer publicamente que o Brasil "não tinha necessidade" dos imunizantes Sputnik V e Covaxin — vacina indiana sobre a qual há suspeitas de irregularidade na compra.

Diante do impasse, o representante dos governadores do Nordeste, Wellington Dias (PT/Piauí), decidiu se movimentar para tentar reverter a decisão dos russos. Ao todo, estão em jogo pelo menos 10 milhões de doses anteriormente garantidas pelo Ministério da Saúde e mais 37 milhões de aplicações negociadas diretamente pelos estados do Consórcio Nordeste (que agrupa os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

O governo de Minas Gerais também pretende adquirir doses da Sputnik V, mas já informou, na semana passada, que, caso as doses não cheguem ao Estado ainda em julho, vai cancelar o acordo. Seriam 428 mil unidades do imunizante.

A vacina Sputnik V chegou a ter seu pedido para uso emergencial no Brasil negado pela Anvisa, devido à falta de dados que comprovassem eficácia e segurança de seu uso. Ela é aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias. Sua eficácia é de 91,7%, segundo estudo da Lancet, e 97,6%, segundo Instituto Gamaleya, que a produz.

 

 

Thiago Gomes/Gazetaweb

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