Um estudo com mais de 6 mil pessoas está sendo conduzido em vários países da África, Europa, América do Norte e América Latina, inclusive no BrasilImagem: iStock |
André não tem o vírus HIV, mas está ajudando com que outras pessoas não se contaminem no futuro. Ele participa de um estudo que testa uma vacina contra o HIV. É mais uma tentativa da ciência para controlar o vírus, que circula há 40 anos.
Mas por que em um ano de Covid-19 já temos uma vacina pra combater o vírus e em 40 anos de Aids ainda não existe um imunizante contra o HIV?
“Porque é um vírus extremamente mais complexo quando a gente compara, por exemplo, com o novo coronavírus. Ele entra nas células, ele se mistura com o material genético da pessoa que é infectada e encontrar esse vírus escondido dessa forma é muito mais difícil no nosso sistema de defesa. O segundo problema é que é um vírus extremamente variável”, diz o infectologista Esper Kallás.
“E ele vai sofrendo
modificações dentro do organismo da mesma pessoa, porque você pega o vírus e
não elimina mais. Então, é como você atirar num alvo móvel. É um desafio enorme
e, até hoje, nós não fomos capazes de obter uma vacina capaz de proteger contra
a doença e, eventualmente, capaz até de conseguir a eliminação do vírus de quem
já pegou”, explica o doutor Drauzio Varella.
No total, 3.800 pessoas se ofereceram para participar dos testes nos Estados Unidos, México, Itália, Espanha, Polônia, Peru, Argentina e Brasil. No país, 8 centros de estudos foram cadastrados. O Hospital Emílio Ribas é um deles e foi onde o Fantástico encontrou o voluntário André.
A pesquisa no hospital foi chamada de Mosaico, porque combina genes de vários subtipos do vírus HIV - mais de 90% dos tipos que circulam hoje no mundo. Saiba todos os detalhes deste estudo vendo a reportagem em vídeo.
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