Johnson Bulhões morreu neste
sábado (21) em um hospital de Recife - Foto: Reprodução |
A Justiça de Pernambuco condenou um dos envolvidos no assassinato do policial militar alagoano Johnson Bulhões da Rosa Silva, de 27 anos, ocorrido em novembro de 2020, em Porto de Galinhas (PE). Israel Venerando Correia da Silva, conhecido como "Rael”, apontado como a pessoa que atirou na vítima foi condenado e Adeilton Antônio Cordeiro da Silva, que guiava a motocicleta usada no crime, acabou inocentado.
Israel deve cumprir pena 28
anos em regime inicialmente fechado em estabelecimento prisional. Já Adeilton
foi absolvido por falta de provas suficientes da sua participação nos delitos,
segundo avaliou o juiz José Carlos Vasconcelos Filho. A decisão foi proferida
no último dia 5 e publicada nesta sexta-feira (7).
Consta na denúncia que os acusados “subtraíram, mediante violência e grave ameaça, a Pistola .40, marca Taurus PT 100AF, n° de série SVI63461, pertencente ao policial militar Johnson Bulhões, sendo que da violência empregada, resultou a morte da vítima”.
Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento em que o policial é atingido e morto por um tiro disparado por um homem, que foge logo em seguida. Nas imagens, captadas por uma câmera de um estabelecimento comercial, é possível ver quando um homem de camisa preta, calça amarela e boné preto se aproxima do policial alagoano, que aparecia vestindo uma camisa do CSA.
Ao perceber a ação do criminoso, Johnson Bulhões tenta sacar a arma da cintura, mas o criminoso reage e atira contra o policial militar, que acaba morrendo no local.
“Com efeito, segundo restou apurado, Johnson, sua companheira (Maynara Carla), os irmãos desta (José Wendeu e Mayara Carla) e sua sogra (Juadinez Melo) se encontravam no centro turístico de Porto de Galinhas, próximo ao posto Ipiranga, em local com intensa movimentação de pessoas, quando a vítima foi abordada pelo acusado ISRAEL, que anunciou o assalto, dizendo: "passa, passa, você está armado né boy?". Após o anúncio do assalto e diante de possível tentativa de reação, o denunciado ISRAEL efetuou um disparo de arma de fogo contra a cabeça da vítima, subtraindo o bem”, relata trecho da decisão judicial.
Adeilton negou à polícia ter concorrido para o crime, afirmando que foi coagido a transportar o indivíduo autor do latrocínio. No mesmo sentido, Israel – que já responde a processo criminal de homicídio – negou os fatos. “A vítima foi encaminhada a tratamento médico, mas acabou por falecer em razão do ferimento sofrido. Após tal conduta, o acusado ISRAEL deixou o local em uma motocicleta auxiliado pelo mototaxista ADEILTON, que o aguardava, com o motor ligado, em lugar estratégico, pronto para efetuar a fuga do executor.
“O Ministério Público em sede de alegações finais, pugnou pela CONDENAÇÃO apenas do acusado ISRAEL e absolvição do acusado ADEILTON nos termos das razões ministeriais colacionadas nos autos. A defesa também apresentou alegações finais requerendo a ABSOLVIÇÃO e reconhecimento de atenuantes”, informa decisão.
Já é Notícia com Gazetaweb