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Bruno Protasio / TV Pajuçara
Morria, no dia 20 de novembro de 1695, o principal líder dos quilombos, Zumbi dos Palmares. Juntamente a personalidades como Ganga Zumba, Dandara e Aqualtune, ele foi um dos grandes nomes na luta contra a escravidão no Brasil, que viria a ser abolida apenas em 1888, depois de vários movimentos insurgentes. Nesta segunda-feira, 328 anos depois, a celebração do Dia da Consciência Negra foi marcada por mensagens antirracistas e apresentações culturais de matriz africana na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, na Zona da Mata Alagoana.
“Racismo não é motivo de
piada. É crime”, diz o cartaz na entrada do local com uma representação de
Dandara. As festividades começaram por volta das 4h, com grupos religiosos, e
devem seguir por todo o dia. Em edições anteriores, cerca de 10 mil pessoas foram
prestigiar o evento.
“Este povo de luta, de
resistência, começou aqui. A cultura vive e é viva, é preciso que a gente
mostre para o mundo que União é a terra da liberdade, isso está na nossa raiz”,
ressaltou a secretária de Cultura do município, Elizabete Oliveira, em entrevista
ao programa Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara.
A Secretária de Estado da
Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, falou sobre a importância deste
momento significativo. “Zumbi e Dandara são símbolos de força, lealdade, luta e
poder em todo o mundo. Tê-los representando nosso estado e a identidade de um
povo é motivo de grande orgulho. Esta celebração é apenas uma pequena parcela
das homenagens e reverências que a história de resistência e vitória do povo
negro merece”, afirmou.
Milton Muniz, Secretário
Executivo de Políticas Culturais e Economia Criativa, participou anteriormente
de reuniões com representantes da Fundação Palmares para que as celebrações
fossem estrategicamente planejadas. “O valor cultural do Quilombos dos Palmares
é inestimável, de interesse internacional, e justamente por isso cuidamos para
que tudo ocorresse dentro do planejado e de forma respeitosa para honrar a
memória de todos que lutaram e viveram aqui”, concluiu.
João Arthur Sampaio com
Balanço Geral AL e Assessoria
