Caso
em Carnaíba acende alerta sobre dependência digital entre crianças
Um
episódio dramático abalou o distrito de Ibitiranga, em Carnaíba, Sertão de
Pernambuco. Uma criança de apenas 10 anos tentou tirar a própria vida
utilizando um caco de vidro de garrafa. Segundo relatos, o vício em celular,
especialmente em jogos online, está entre os principais motivos para a atitude
desesperada.
O
caso expõe uma ferida silenciosa: a dependência digital na infância. Muitos
pais, ao acreditarem que o celular é apenas um passatempo inofensivo, acabam
expondo os filhos a riscos emocionais e sociais profundos. Para especialistas,
a exposição prolongada a telas pode gerar ansiedade, isolamento e até
depressão.
A
infância, alertam psicólogos, deve ser vivida com brincadeiras, socialização e
diálogo em família. O excesso de tecnologia compromete o desenvolvimento
emocional e pode afastar crianças de experiências fundamentais para a vida
adulta. O triste caso de Carnaíba é prova de que a sociedade precisa repensar o
uso das telas.
Uma
das alternativas apontadas é resgatar hábitos simples: televisão compartilhada
com a família, jogos de tabuleiro, atividades ao ar livre e leitura. Pequenos
gestos podem reduzir a dependência digital e fortalecer vínculos afetivos.
A
responsabilidade, no entanto, não é apenas dos pais. Escolas, comunidades e
políticas públicas precisam atuar para orientar, prevenir e apoiar famílias que
enfrentam esse desafio. A dependência digital é um problema coletivo, e não
apenas doméstico.Ofertas em smartphones
O episódio em Carnaíba deixa uma lição urgente: proteger nossas crianças é dever de todos. O celular pode ser ferramenta, mas jamais substituto da infância.
Por Flávio José Jardim
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