Imagem Ilustrativa |
Dois cientistas políticos
avaliam se desgaste da classe política e situação econômica ruim terão
influência no desempenho de chefes de executivos estaduais que planejam
continuar no cargo em 2019
Ao menos 21 governadores vão
tentar continuar no cargo por mais quatro anos ao disputar a reeleição em
outubro de 2018. O número dos que tentam se manter no poder é semelhante ao de
eleições anteriores.
Entre as eleições de 1998 e
2014, a taxa média de reeleição entre governadores foi de 64%.
Os estados da região Nordeste
estão entre os que os governadores que tentaram a reeleição tiveram mais
sucesso, de acordo com estudo do professor Maurício Michel Rebello, da UFFS
(Universidade Federal da Fronteira Sul), publicado em 2017.
Na região Sul, os governadores
têm mais dificuldade. Os gaúchos, por exemplo, nunca reelegeram um chefe do
Executivo estadual. Em 2018, o atual governador, José Ivo Sartori (MDB), avalia
se tentará seguir na função por mais quatro anos.
Onde
o governador pode concorrer:
Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal
Onde
o atual ocupante não declarou pré-candidatura:
Espírito Santo e Santa Catarina
Onde
não pode concorrer:
Acre, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro e Santa
Catarina
Para saber se as condições
políticas e econômicas terão impacto nas campanhas de candidatos à reeleição, o
Nexo entrevistou dois cientistas políticos:
Quais
os entraves políticos para quem tentar a reeleição nos estados?
ADRIANO OLIVEIRA Qualquer
incumbente [ocupante de cargo no Executivo] já leva vantagem sobre os outros
candidatos – pelo fato de contar com a estrutura da administração e de já ser
conhecido, o que facilita a realização de alianças. Ele precisa estar muito mal
avaliado para não conquistar a reeleição. Ainda assim, se esse candidato tiver
tempo de TV (por conta da constituição de alianças) ele pode desconstruir sua má
avaliação.
SILVANA KRAUSE A reeleição
nesse contexto é sempre um problema. Diminui muito a possibilidade de o
candidato ser bem aprovado, o que reduz a chance de ser reeleito.
Adriano Oliveira, professor da
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Silvana Krause, professora do
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFRGS (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul)
Fonte/ Nexojornal