Ativistas contra a legalização do aborto celebram a decisão do Senado argentino (Foto: Alberto Raggio / AFP) |
Após longa sessão, projeto foi
recusado por 38 votos contra, 31 a favor e duas abstenções.
O Senado da Argentina rejeitou
na madrugada desta quinta-feira (9) o projeto de lei que legalizaria o aborto
no país. Após uma sessão de cerca de 16 horas, ele foi recusado no Senado por
38 votos contra, 31 a favor e duas abstenções.
Pela proposta aprovada pela
Câmara e, agora rejeitada no Senado, seria possível interromper a gravidez
durante as primeiras 14 semanas de gestação. O projeto previa também que o
aborto fosse realizado em qualquer hospital ou clínica e obrigava o Estado a
cobrir o custo do procedimento, dos medicamentos e dos tratamentos de apoio
necessários.
A interrupção voluntária da
gravidez é crime na Argentina, a não ser em casos de estupro e que ofereçam
risco à vida da mãe. Nos demais casos, a prática é penalizada com até quatro
anos de prisão para a mulher e para o médico.
Prática do aborto é
considerada legal em 63 países.
Desde o fim da Ditadura
Militar no país, em 1983, diversos projetos sobre aborto foram apresentados no
Congresso argentino, mas esse foi o primeiro a ser votado.
Por: G1