Caminhões estão bem próximo à linha de fronteira que divide a Venezuela e o Brasil — Foto: Arquivo pessoal |
Grupo de 32 caminhoneiros está
retido na Venezuela; desses, 22 estão próximo à linha de fronteira entre os
dois países. Representante da categoria tenta negociar com Guarda Nacional
Bolivariana passagem a pé. Itamaraty ainda não se pronunciou.
Um grupo de 32 caminhoneiros
brasileiros está retido dentro da Venezuela sem ter como retornar para o Brasil
em razão do fechamento da fronteira, informou nesta segunda-feira (25) a
Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Cargas do Norte.
A maioria, 22 deles, está bem
próxima à linha que divide os dois países, mas não pode entrar no Brasil porque
a passagem é proibida para veículos e pedestres. Esses caminhões já tinham
entregado a carga na Venezuela e retornavam ao país quando ocorreu o bloqueio.
Somente ambulâncias tem passado pela Guarda Nacional Bolivariana.
“Está praticamente descartado
que os caminhões cruzem a fronteira. Agora o que se negocia é liberar os
caminhoneiros para que eles venham a pé pela BR-144", disse Dirceu Lana,
presidente da Coopertan.
O Itamaraty ainda não se
pronunciou sobre o que tem sido feito para ajudar brasileiros que estão no
país. Na noite desse domingo (24), um grupo de turistas conseguiu voltar ao
Brasil após intensas negociações.
Dirceu Lana afirmou que há
idosos entre os caminhoneiros e que não seria viável retornar ao Brasil por
rotas clandestinas. "Preferimos que passem pelas vias corretas".
Os demais veículos estão em um
depósito distante 9 km de Pacaraima, na fronteira. "Eles estão na
armazenadora, um depósito onde ficam as carretas que chegam ou que saem",
disse, afirmando que o local fica próximo a uma base militar venezuelana.
"Alguns tentaram chegar
antes da fronteira ser fechada, mas não conseguiram”, disse Dirceu Lana,
presidente da Coopertan. Há caminhoneiros estão com esposas, o que dá ao menos
36 pessoas impedidas de saírem.
O plano da Coopertan é
negociar com a Guarda Venezuelana para que ao menos a passagem dos motoristas
seja liberada.
"Nossa preocupação é com
os motoristas, porque que os carros que estão na armazenadora [depósito] estão
em segurança. Nosso maior problema são os caminhoneiros que estão com os carros
vazios aqui na aduana [perto da fronteira]. Conversamos ontem com o general [da
Guarda Venezuelana] para ver a possibilidade desses motoristas entrarem nem que
seja a pé em Pacaraima", disse.
Dirceu Lana, presidente da
Coopertan, tenta negociar passagem de caminhoneiros para o Brasil — Foto: Emily
Costa/G1 RR
Por;G1