Pedro Henrique Gonzaga, de 19
anos, era de uma família de classe média da Barra; veja perfil
Nem os gritos de Dinalva
Oliveira, implorando que o segurança de um supermercado da Barra da Tijuca
soltasse seu filho Pedro Oliveira Gonzaga, de 19 anos, enquanto ele sofria o
golpe conhecido como mata-leão , foram suficientes para salvar o rapaz.
Naquela
tarde da última quinta-feira, ela parou na Praça de Alimentação do
estabelecimento com o jovem para almoçarem, antes de levá-lo a uma clínica de
reabilitação para dependentes químicos em Petrópolis.
A mala de Pedro já estava no
carro. De repente, ele se levantou e, segundo uma amiga da família, teve um
surto, uma alucinação. Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital, o
segurança que lhe aplicou o golpe contou que Pedro tentou tirar a arma dele e,
apesar de haver outros seguranças, ele disse ter agido em legítima defesa.
"Ele está com a mão
roxa", implorou Dinalva, duas vezes seguidas. "Ele não está
armado!", completou.
A ação durou cerca de quatro
minutos. Enquanto a mãe pedia clemência para o filho, o segurança respondia,
aos berros, que ela mentia sobre a situação do filho estar ficando roxo.
Não era a primeira vez que
Pedro seria internado. Jovem de classe média da Barra, a família lutava para
que deixasse as drogas. A fim de mantê-lo em casa, o padrasto, o comerciante
Newton Filho, montou um estúdio para Pedro, com mesa de mixagem e aparelhagem
de som.
Mas, em agosto de 2017, ele
agrediu o padrasto por ter lhe tirado o cachimbo de narguilé, usado para fumar
maconha, que ficava no seu quarto. A raiva do jovem chegou a ponto dele ameaçar
Newton:
"Quando eu te pegar lá
fora vou te encher de porrada!", teria dito Pedro, segundo depoimento do
padrasto na 16ª DP (Barra da Tijuca).
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Pedro foi morto em supermercado por um segurança do estabelecimento. (Foto: Reprodução) |
Por: ibahia