Secretaria de Educação
informou que educador é temporário e foi devolvido preventivamente pela
Coordenação Regional de Ensino da região
Um professor do 6º ano do
Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte, foi desligado da unidade
educacional após ensinar sobre sexo anal e oral durante aula de português, na
última quarta-feira (13/11/2019). Na ocasião, ele também pediu aos seus alunos
que escrevessem uma redação improvisada sobre o tema.
Segundo denúncia recebida
pelo Metrópoles, as crianças fotografaram o conteúdo escrito pelo docente na
lousa e gravaram áudios durante a aula.
Nas imagens, é possível ver
a data da ocorrência e o tema proposto pelo educador no quadro branco.
“Brasília, 13 de novembro de
2019. Objetivo: fazer o próprio currículo. Redação improvisada. Escrever sobre
polidez e transformações afetivo-sexuais na adolescência (pós-infância). Sexo
oral e penetração”, escreveu.
Ao lado das exemplificações,
ele puxa setas e escreve as temáticas a serem abordadas sobre cada assunto
formalmente e informalmente. Entre elas, usa palavras como: “boquete”, “69”,
“fio terra”, “punheta”, “dar o cu” e outras.
Veja os registros obtidos
pela reportagem:
No conteúdo dos áudios
obtidos pela reportagem, é possível ouvi-lo dizendo aos alunos: “Repitam
comigo: ‘clitóris’, ‘clitóris’. Tem que tratar o assunto com educação, porque é
normal”, ele diz.
O outro lado
Após receber a denúncia, a
reportagem esteve no colégio na manhã desta segunda-feira (18/11/2019). O
diretor responsável pela unidade estava em reunião interna com outros
professores e informou não ter sido autorizado a dar entrevistas sobre a
polêmica.
Uma mãe que não quis se identificar
relatou ter tomado conhecimento da ocorrência pelo seu filho de apenas 10 anos.
“Ele comentou sobre o professor, que escreveu no quadro algumas palavras, e me
disse que nem sabia o que significava. Vou procurar a direção e pedir um
posicionamento sobre o que eles estavam aprendendo. Queremos saber qual era o
assunto debatido em sala. Uma outra mãe comentou que vai ocorrer uma reunião de
pais para falar sobre o assunto. Estou aguardando”, disse a mulher.
Outros pais abordados em
frente à escola não quiseram se pronunciar e alguns relataram desconhecer o
fato.
Em nota, a Secretaria de
Educação do Distrito Federal (SEE-DF) explicou que a direção da unidade, assim
que soube do ocorrido, prontamente procurou pela pasta e pela regional de
ensino a fim de oferecer a denúncia e, desde então, o caso está em averiguação.
“A Secretaria de Educação
informa que o professor, que é temporário, foi devolvido preventivamente pela
Coordenação Regional de Plano Piloto e Cruzeiro, enquanto [a pasta] está
investigando a situação no CEF 104 Norte. Se comprovados os fatos, terá seu
contrato cancelado”, diz trecho do texto.
Por Metrópole