Numa terça-feira de luta e
de luto, uma Assembleia Legislativa Estadual traidora e submissa a um Governo
do Estado cruel e fascista aprovou por 24 votos (com 1 abstenção na 1ª votação
e duas ausências) o projeto de lei complementar que altera o AL Previdência e
mete a mão no “salário de fome” dos servidores públicos ativos e aposentados.
Entre as mudanças, haverá um
aumento na alíquota de 11% para 14% e mais maldades como a que obriga os/as
trabalhadores/as da ativa – e quem ainda vai entrar, por concurso, em função
pública – a trabalhar até à morte, enquanto o projeto livra a cara e não ataca
os privilégios da elite econômica alagoana da qual o sr. Renan Calheiros Filho faz
parte.
“A maior maldade desta
gestão foi cometida contra os aposentados. Um ato de crueldade extrema que,
agora, vai começar a subtrair catorze por cento dos nossos miseráveis salários.
Um trabalhador ou uma trabalhadora que passou a vida inteira contribuindo com o
desenvolvimento do Estado fica relegado a passar os últimos anos da vida
contando moedas para sobreviver”, disse Célia Capistrano, vice-presidenta do
Sinteal.
O clima de repressão já foi
sentido no início da tarde quando as lideranças sindicais chegaram à Praça
Floriano Peixoto, no Centro de Maceió, e encontraram as portas externas
fechadas, com policiais militares (inclusive graduados como um coronel)
controlando o acesso e impedindo a entrada dos/as servidores/as.
A Assembleia Legislativa, vergonhosamente,
estava de portas fechadas e ao plenário só conseguiram entrar cerca de 50
pessoas, dentre elas alguns dirigentes do Sinteal, para acompanhar a vergonhosa
sessão plenária que mostrou a posição servil ao governo e vergonhosamente cruel
contra os/as trabalhadores/as.
Debaixo de sol forte, os/as
servidores/as denunciavam as ordens fascistas do governador Renan Filho e só
uma hora depois de muita luta tiveram acesso ao estacionamento da ALE, onde
ficaram até o final da votação e a aprovação do “pacote de maldades” do Governo
do Estado, que imporá um assalto, um roubo a quem já recebe salário e
aposentadoria de fome.
A deputada Jó Pereira
apresentou emendas que minimizariam os prejuízos, principalmente para o
aposentado. “Foi uma iniciativa de muita coerência. A parlamentar demonstrou
sensatez em buscar alternativas menos danosas para uma classe tão sofrida que
são os aposentados”, ressaltou Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.
No entanto, orientados pelo
governo, a maioria dos deputados rejeitou todas as 03 emendas que poderiam
diminuir o arrocho do governador Renan Filho sobre os/as servidores/as.
“A luta agora contra esse
governador fanfarrão e mentiroso é na Justiça, com a judicialização desse
projeto, que foi, inclusive, avaliado como inconstitucional pela Associação dos
Procuradores do Estado e que não passou nem mesmo pelo crivo da Procuradoria
Geral do Estado [PGE]. É na Justiça que lutaremos agora, mas mobilizados e
sempre na luta”, disse Consuelo.
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