Durante o carnaval, categoria fará a "Operação Renan
Filho #Devagar", onde vão desempenhar apenas os serviços essenciais
Há meses esperando - sem
sucesso - uma negociação com o governador Renan Filho (MDB) sobre a pauta de
reivindicação, os policiais civis de Alagoas decidiram - em assembleia geral
extraordinária realizada na tarde desta segunda-feira (17) - deflagrar
paralisações da categoria.
A paralisação já começa
nesta segunda e segue até às 8h de sexta-feira (21). Durante o carnaval, será
deflagrada a "Operação Renan Filho #Devagar", na qual os policiais vão
desempenhar apenas os serviços essenciais, mas não vão paralisar as atividades.
A partir da próxima semana,
os policiais civis vão parar todas as quartas e quintas, até que haja
negociação entre a categoria e o governo do estado. "Foi deliberado, em assembleia,
que nós não iremos parar no Carnaval em respeito à sociedade, ao povo alagoano,
que já sofre com insegurança. Sendo sensíveis a essa situação, os policiais não
vão parar, mas em contrapartida vamos fazer a paralisação a partir de agora.
Nos dias 18, 19 e 20 estamos paralisados, voltando na sexta-feira às 8 horas.
Esse é um recado ao governador Renan Filho que fechou o canal de negociação com
os policiais civis", explicou o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.
Nesta terça-feira (18),
haverá ato público com café da manhã em frente à Central de Flagrantes e
reunião na Comissão de Paralisação na sede do Sindpol.
As paralisações começam esta
semana e devem se estender nos próximos dias, seguidos de atividades. O clima
esquentou após o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício
Marques, ter declarado à diretoria do Sindpol que o governador Renan Filho deu
a ordem para não negociar.
Após a assembleia, os
policiais civis saíram em caminhada até o Palácio República dos Palmares, no Centro.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) afirma que iniciaram a
campanha salarial no ano passado e reivindica piso salarial pela média nacional
e o reconhecimento do salário de nível superior da Segurança Pública em
Alagoas.
"Atualmente, é a
categoria que recebe o pior piso salarial com nível superior e é o 24º pior
salário do Brasil, acumulando perdas salariais de mais de 20%, mesmo com
excelente desempenho no combate à violência, enfrentando a carência de efetivo.
Cada policial trabalha por quatro, por conta da falta de policiais civis nas
delegacias. Isso tem levado ao esgotamento e adoecimentos, implicando em mortes
de mais de 40 policiais civis nos últimos 4 anos", justifica o Sindpol.
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Policiais civis decidem paralisar atividades em dias
específicos
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Por: Gazeta Web