Ministro da Saúde foi questionado na CPI da Covid sobre a segurança de realizar o torneio no Brasil em meio à pandemia. Ele afirmou que, do ponto de vista epidemiológico, não há motivo para não se realizar a competição.
Questionado na CPI da Covid
sobre a realização da Copa América no Brasil, o ministro da Saúde Marcelo
Queiroga afirmou que o risco de se contrair a doença é o mesmo "com o jogo
ou sem o jogo".
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou na semana passada que o Brasil virou a sede da Copa América. As sedes anteriores, Argentina e Colômbia, desistiram. No caso da Argentina, devido à disparada da pandemia naquele país.
A transferência do torneio para o Brasil teve aval do governo federal. A decisão gerou críticas em razão de diversos especialistas estarem alertando para o início de uma terceira onda da pandemia no país.
"Não acontecendo público nos estádios, naturalmente, nós não teremos risco de aglomerações e de uma contaminação maior. De tal maneira que o risco que a pessoa tem de contrair a Covid-19 será o mesmo com o jogo ou sem o jogo. A doença é uma doença pandêmica. Nós corremos riscos, então, a ponderação é essa. Não estou assegurando que não há riscos, estou dizendo que não existe risco adicional", disse o ministro na CPI.
Queiroga afirmou ainda que, do ponto de vista epidemiológico, não há justificativa para a Copa América não ser realizada no país.
"Eu não vejo do ponto de vista epidemiológico uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento", afirmou o ministro.
Ele afirmou que jogadores e integrantes das comissões técnicas têm um seguro para garantir que sejam atendidos em hospitais privados. Segundo Queiroga, não haverá pressão sobre o sistema público.
"Todos os atletas têm seguros, se houver alguma sinistralidade eles vão usar o sistema privado, bem como os membros da comissão técnica. Então, isso não vai acarretar pressão sobre o sistema de saúde do Brasil", completou.
G1 e TV Globo