A construção vai ligar Hong Kong a Macau e a Zhuhai
Nesta terça-feira (23), o presidente chinês Xi Jinping inaugurou a maior ponte marítima do mundo. A construção de 55 quilômetros que vai ligar Hong Kong a Macau e a Zhuhai, começará a ser usada na quarta-feira (24).
A obra custou cerca de 20
bilhões de dólares (equivalente a R$73,72 bilhões) e conta com três pontes,
túneis subaquáticos e ilhas artificiais. A construção tem estrutura para
suportar terremotos e furacões. Antes da ponte, o trajeto que ligava Hong Kong
e as outras cidades levava três horas para ser concluído. Com a ponte, o tempo
foi reduzido para 30 minutos.
O objetivo da edificação é
criar uma Grande Área da Baía, com foco em transformar o lugar em uma zona
econômica com ênfase em tecnologia, como no Vale do Silício, Estados Unidos. Os
idealizadores do projeto esperam competir com as baías de São Francisco, Nova Iorque
e Tóquio.
Apesar de ter sido inaugurada,
não são todos que poderão atravessar a estrutura. Apenas veículos autorizados
com licenças especiais feitas através de um sistema de cotas, e todos deverão
pagar um pedágio.
O projeto deveria ter sido
entregue em 2016, mas por causa da falta de mão de obra, foi atrasado dois
anos. A construção foi alvo de fortes críticas, como na questão de segurança:
18 operários morreram em serviço.
Outro fator reprovado pelos
cidadãos chineses foi o alto gasto com a obra. Segundo um parlamentar de Hong
Kong, não há possibilidades de recuperar o valor investido. Já as autoridades
chinesas afirmam que a ponte vai gerar 10 trilhões de yuans (o equivalente R$
19,62 trilhões) por ano.
E as avaliações negativas da
construção continuam: grupos de ambientalistas alegam que a obra causou danos a
vida marinha na área. Um exemplo é o golfinho-branco chinês, que é extremamente
raro e sua presença na região tem diminuído drasticamente.
Ilha artificial que faz parte da obra Foto: EFE |
Fonte/Pleno. News