Foto/Larissa Bastos |
O Sindicato dos Policiais
Civis de Alagoas (Sindpol) com as categorias da Polícia Federal, da Polícia
Rodoviária Federal (PRF), dos Agentes Penitenciários e Guardas Municipais se
reuniram, nesta terça-feira (18), na Praça D. Pedro II, localizada no centro de
Maceió, e decidiram fazer uma paralisação de 24h contra a reforma da
Previdência na próxima terça-feira (25).
De acordo com o presidente
do Sindpol, Ricardo Nazário, essa foi uma deliberação nacional da União dos
Policiais do Brasil - UPB.
"Essa reforma está
retirando direitos das forças de segurança, que estão sendo desprivilegiadas
pelo governo Bolsonaro. Ele está valorizando as forças armadas, inclusive dando
até aumento nessa reforma, mas das forças de segurança está retirando direitos",
disse o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.
A mobilização das categoria,
conforme os agentes da segurança pública, é pela garantia dos direitos
previdenciários, como a aposentadoria especial, a não redução da pensão da
família por morte do policial, o não aumento da alíquota previdenciária, entre
outros itens da reforma da Previdência que prejudicam os operadores da
Segurança Pública.
A assembleia Geral
Extraordinária Unificada definiu pela paralisação de 24 horas. "Os
integrantes das forças de segurança estão fazendo essa assembleia para
deliberar algumas ações mais incisivas contra a reforma da previdência,
inclusive com a possibilidade de greve. Vamos pautar isso e há a possibilidade
de uma greve geral em todo o país. Hoje está sendo o dia de assembleia em todo
o país, então há essa possibilidade", informou o presidente do Sindpol.
Ainda conforme Nazário, além
da mobilização das categorias, eles também estão fazendo um movimento, em
Brasília, junto aos deputados de cada estado.
"Estamos pleiteando com
alguns deputados apoiadores da segurança pública emendas parlamentares na
comissão especial. Precisávamos de 177 assinaturas e conseguimos 266 deputados.
Acontece que fomos surpreendidos pelo relator da comissão, que vetou a emenda
que dava isonomia entre as forças de segurança e as forças armadas. Alguns
deputados apresentaram destaques para tentar que na comissão seja votado que as
forças de segurança tenham essa isonomia. Estamos fazendo essas duas ações, com
os deputados e as mobilizações", informou Ricardo Nazário.
O presidente do Sindicato
dos Guardas Municipais de Alagoas (Sindguarda-AL), Charles Sanches, a categoria
não está sendo reconhecida na reforma como órgão de segurança pública em sua
atividade fim.
"A PEC descarta o
guarda municipal, colocando só os militares como órgão de segurança pública. O
guarda municipal vai ter que trabalhar até os 65 anos e contribuir 35, o que
não acontece hoje. Hoje trabalhamos 30 anos e podemos nos aposentar assim que
cumprir a exigência de tempo de serviço", afirmou Charles Sanches.
Para ele, a reforma da
previdência é a "PEC de cemitério". "Só se aposenta depois que
morre. Nenhum operador de segurança pública consegue chegar a 65 anos atuante
nas ruas de forma preventiva. Hoje a faixa etária da guarda municipal de Maceió
é 45 anos de idade e já vemos pessoas sem condições de estar na rua. Tem que trabalhar interno, fazer
patrulhamento em viatura. Imagina 65 anos de idade. Como alguém com 65 anos vai
combater um bandido de 20?", desabafou o líder dos guardas municipais,
Charles Sanches acrescentando e classificando "como desastrosa".
"Queremos não só
inserir a Guarda na aposentadoria policial, Mas se possível tirar até essa
reforma, que está sendo desastrosa e o governo federal não mostra as contas do
que está dizendo, Só fala. Somos totalmente contra", concluiu.
Reginaldo Galdino,
presidente do sindicato da PRF em Alagoas disse que espera o reconhecimento das
categorias de policiais civis por parte do governo federal. "Ele se elegeu
com a bandeira de segurança pública e agora fomos totalmente desprestigiados
quanto à reforma da previdência. Esperamos o tratamento igual e merecido que
receberam as policiais militares e as forças armadas", classificou.
O presidente do sindicato da
PRF reforçou também o trabalho que as categorias estão fazendo em Brasília.
"Estamos fazendo um trabalho junto a bancada alagoana e todos os estados
estão fazendo junto às suas bancadas para que nossos representantes em Brasília
possam exercer essa representação através da votação a nosso favor.
A
expectativa eh que nós consigamos, pois,caso contrário, A segurança pública vai
estar totalmente Falida. Já não estamos em boas condições, mas vai piorar. O
policial vai ter que trabalhar até uma idade bastante avançada e o policial
envelhece, mas o crime não".
Por:Gazeta Web