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Foto:Fernanda Burigo/G1 |
Temperaturas estarão mais
elevadas sobre todo o Nordeste, principalmente na região sul do Maranhão e do
Piauí
A primavera começa nesta
segunda-feira (23) em todo o hemisfério sul do planeta. No Brasil, a estação é
caracterizada pela chegada das chuvas. Este ano, de acordo com o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet) as precipitações deverão começar em outubro,
um pouco mais tarde que no ano passado, quando tiveram início em setembro.
"A primavera, no geral,
é a mudança da estação do inverno para a chegada do verão. Estamos saindo de um
período frio para começar um período quente. Quando vamos para a parte central
do Brasil e Sudeste, a estação é associada com a chegada das chuvas. Por isso,
grande parte do Brasil tem plantio nessa época do ano, em outubro, quando as
chuvas começam a se fixar", disse, em Brasília, o chefe da previsão do
tempo do Inmet, Francisco de Assis.
Acrescentou que a primavera
é sempre associada a temporais, pancadas de chuva e trovoadas: "Exatamente
por isso que estamos entrando em um período quente com a formação de nuvens,
para começar o período de chuva", explicou.
De acordo com a
Meteorologia, a previsão para a Região Norte é que, em Roraima, Amapá, nordeste
do Amazonas e meio norte do Pará as chuvas ocorram próximas ou abaixo da média
para o período. Já na parte centro-sul do Amazonas, sudoeste do Pará e no Acre
e Rondônia, haverá possibilidade de chuvas acima da média durante os meses de
outubro a dezembro. As temperaturas serão de normal a acima da média.
A região apresentou bastante
irregularidade nas chuvas entre junho a agosto. A redução das chuvas em
localidades dos estados de Rondônia, Tocantins e sul do Pará e as altas
temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favoreceram a incidência de
queimadas, muito comuns nesta época do ano. Alguns episódios de friagem também
foram registrados neste período e atingiram o Acre, Rondônia e sul do Amazonas.
A previsão para a primavera
indica maior probabilidade de chuvas perto da média na parte leste do Nordeste.
Nas demais áreas, haverá o predomínio de chuvas ligeiramente abaixo da média.
Ressalta-se que o trimestre de outubro a dezembro é o mais seco da parte leste
do Nordeste.
As temperaturas estarão mais
elevadas sobre todo o Nordeste, principalmente na região sul do Maranhão e do
Piauí.
Durante os meses de inverno,
as chuvas registradas foram próximas ou abaixo da média em grande parte da
região.
Em lugares como João Pessoa,
na Paraíba, onde geralmente chove em torno de 790 milímetros (mm) entre os
meses de junho a agosto, choveu 670 mm somente em junho. As chuvas amenizaram
as temperaturas nesta região, principalmente no sudeste da Bahia, onde a média
das máximas em agosto ficou entre 24 ºC e 26 ºC.
A previsão para o
Centro-Oeste indica alta probabilidade de chuvas de normal a acima de normal em
grande parte da região, exceto na metade norte do Goiás, onde as chuvas serão
ligeiramente abaixo da média climatológica.
As temperaturas serão acima
da média, principalmente no sul do Mato Grosso do Sul, norte de Mato Grosso e Distrito
Federal.
Municípios de Mato Grosso e
Goiás ficaram mais de 100 dias consecutivos sem chuva, a partir de maio deste
ano.
Nestas mesmas áreas, as
temperaturas médias foram acima do normal climatológico, em razão da
permanência de massas de ar seco e quente, as quais favoreceram a ocorrência de
queimadas e incêndios florestais.
Em alguns dias entre junho e
setembro, a umidade relativa do ar apresentou valores abaixo de 20% nos
horários com temperaturas mais elevadas, como ocorrido no Distrito Federal, em
que a estação meteorológica do Inmet, no Gama (DF), registrou 8% de umidade
relativa do ar no dia 4 de setembro.
Na Região Sudeste, a
previsão é que as chuvas sejam ligeiramente abaixo da faixa normal, exceto no
estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer
chuvas mais fortes, principalmente em novembro. As temperaturas devem
permanecer acima da média em grande parte do Sudeste.
A precipitação de chuvas no
inverno seguiu características típicas para o período, com baixa ou total
ausência de precipitação, com exceção do leste de São Paulo e Rio de Janeiro,
onde as chuvas foram entre 20 e 70 mm acima da média.
As temperaturas médias foram
de normal a ligeiramente acima da média em grande parte da região. Foram
registrados nos estados de São Paulo e Minas Gerais alguns poucos episódios de
geadas somente no início de julho, com intensidade variando de fraca a
moderada.
Na primavera, ainda de
acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, as chuvas devem permanecer
ligeiramente acima da faixa normal nos três estados da região Sul. Já as
temperaturas médias devem predominar dentro da normalidade na parte oeste da
região e acima da média no restante.
Durante o inverno, os
maiores volumes de chuva estiveram localizados sobre a metade sul do Rio Grande
do Sul. Durante os primeiros dias de junho, deu-se o início da temporada de
temperaturas mais baixas, entretanto, as temperaturas abaixo de zero só
ocorreram em julho e agosto.
Em áreas de serra e planalto
da Região Sul do país, houve formação de geadas com intensidade variando de
moderada a forte. Durante a primeira semana de julho e também de agosto, houve
registro de neve na região serrana do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Por:Gazeta Web